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Personalidade das Organizações

Assim como, por definição, em sinergia o todo supera a soma das partes, podemos dizer, com segurança, que existe uma personalidade nas organizações que transcendem as personalidades e valores de cada um dos indivíduos que as compõem.

Muitas vezes ouvimos, e confesso que eu mesmo já disse, que não existem as corporações, mas negócio são feitos com pessoas. Isto, em parte, é verdade. Mas se explorarmos a mesma tese da Sinergia, podemos concluir que podem existir valores e aspectos de personalidade novos e não presentes claramente nos seus indivíduos.

Isto é verdade quanto a vocação. As organizações podem demonstrar vocações relativamente próprias. E assim, como estas vocações são identificadas no inicio da vida dos indivíduos, podem igualmente serem identificadas nas organizações.

Sabemos, que todos temos dificuldades de conciliar nosso discurso com a nossa prática. Este fato, pode ser potencializado em âmbito organizacional. Quem já não ouviu um discurso de um dirigente, e não olhou para o lado pensando: “este cara vive em Marte”, por que o que se verifica na prática esta completamente incoerente com o discurso.

Verdade não é apenas dizer coisas irreais, mas é exatamente manter esta coerência em viver o discurso.

Assim, realmente existem personalidade e valores para as organizações. E a pior notícia é que eles não são definidos como sempre usamos fazer em nossas reuniões estratégicas. Eles existem em um grau bastante independente de nossas definições.

Assim, entender esta personalidade e valores é um exercício de diagnóstico e não de definição.

Auto-conhecimento é uma prática recomendável para todos os indivíduos, o mesmo deve ser aplicado as organizações. Assim como este processo é difícil e duro para os indivíduos, assim ele também é para as organizações. E o processo de negação é patente. Mas organizações sabias são as que duram.

Cultura Organizacional versus Personalidade Organizacional

Lendo o meu tema anterior sobre Personalidade Organizacional, alguns podem pensar: “este cara está falando de Cultura Organizacional e só chamou de outro nome”. Mas com todo respeito aos que pensam desta forma, não é isto.

Fica claro quando comparamos com uma criança. Assim como uma criança educada se comportando diante de seus pais, a cultura organizacional define o comportamento desta organização diante dos seus dirigentes, sociedade e mídia. Os pais conhecem seus filhos e sabe muito mais sobre eles do que seu comportamento demonstra. Da mesma forma, devemos saber o que é a organização independente do seu comportamento aparente.

A personalidade da criança é o que ele realmente é e não o que quer deixar transparecer. O mesmo acontece em relação da personalidade das organizações. Ele define o que realmente ela é.

Este conceito é muito interessante e intrigante. Devemos dar atenção a ele.

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